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10 de fev. de 2022

'Perdemos 21% do poder de compra em três anos', diz coordenador do IPC

 Foto: Arquivo Cidadeverde.com 

A inflação começou a ser em alta, mas numa velocidade menos acelerada do que o final de 2021. Para 2022, a perspectiva é de que os preços são num ritmo que é a metade do registrado em 2021. Janeiro e também economistas para o fechamento de 2022, o economista Guilherme Moreira, do Índice de Pesquisa (Fipe), da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), lembrado que, em três anos, deve acumular uma alta de mais de 20%. A seguir, os principais trechos da entrevista.

Como o sr. avalia a pressão dos alimentos sobre a inflação neste início do ano?

2021 As principais contribuições para a inflação dos itens de energia, principalmente eletricidade e gás, por conta dos combustíveis e dos preços dos carros, e da alimentação Esses itens responderam por 80% do da inflação do ano passado. Quando entramos neste ano, esses efeitos continuam. Não é porque virou o calendário que eles vão parar. No caso dos alimentos, há três fatores de pressão. Os alimentos inteiramente industrializados, que subiram mais de 1% ao mês ao longo do ano passado porque incorporam aumentos de custos da indústria, como embalagens, frete, energia, continuam nessa trajetória de alta. Tem as questões climáticas que são a produção dos alimentos natura em janeiro, como verduras e legumes. Existem também como proteínas animais.

Além da alimentação, quais são os outros focos de pressão para a inflação?

Os preços do transporte são uma incógnita. Há tensão na Rússia, e os preços do petróleo devem continuar em alta. Existe também a questão do câmbio que ninguém sabe para onde, pois depende da eleição e da crise internacional. Tudo isso contribui para que a inflação deste fique acima da meta de 5%. ser 10% certo? Pouco subir, pois há uma série de coisas que são no ano passado e não devem subir no mesmo ritmo neste ano. É por isso que a maioria dos analistas, não só eu, acha que a inflação deste ano não vai ser 10%, mas 5,5%. A inflação deste ano vai ser menor do que a do ano passado, mas 5,5% é uma baita inflação, acima da meta e com riscos que podem agravar o cenário

Como assim?

Se considerados como medida pelo IPC da Fipe, e de 9,73% em 2020, uma inflação, de 5,6%, são mais de 16% acumulados em dois anos. Se empilharmos mais 5% deste ano, estamos falando de 21% a 22% de inflação em três anos. É muita coisa. É um quadro muito preocupante. Em três anos perdemos 21% do poder de compra e precisaríamos ganhar entre 20% a 21% a mais para compensar o poder de compra perdido.

Fonte: Estadão Conteúdo

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