Na mira da PF, auxiliares de Bolsonaro dispararam ganhos em viagens aos EUA - Barra d Alcântara News

últimas

Post Top Ad

Post Top Ad

EM BREVE, SUA EMPRESA AQUI

14 de mai. de 2023

Na mira da PF, auxiliares de Bolsonaro dispararam ganhos em viagens aos EUA

 


Na mira da PF, auxiliares de Bolsonaro dispararam ganhos em viagens aos EUA



Funcionários do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL), que estão sob investigação da Polícia Federal (PF), multiplicaram seus lucros mensais, em viagens feitas com o ex-presidente aos EUA, entre o fim de dezembro e março passado. Ao todo, quatro auxiliares são alvo da PF por ganharem quase R$ 400 mil em diárias, lucro esse que ultrapassa mais que o dobro do valor adquirido com a verba extra durante o mandato.



Bancados pelo governo federal, o PM Guilherme Moura e os militares Sérgio Cordeiro, Mauro Cid e Marcelo Câmara acompanharam Bolsonaro, em viagens a Orlando (EUA), para assessorá-lo até ele deixar o país - em 30 de dezembro. Dos acompanhantes, apenas Marcelo Câmara ainda não foi capturado pela PM, mas, neste mês, ele é alvo da operação de busca e apreensão por suposta participação em esquema de fralde de certidões de vacinação antes da ida ao país norte-americano.

A despesa total para os cofres públicos com as diárias e passagens aéreas dos auxiliares chega a R$ 467 mil ao longo dos três meses de estadia do ex-presidente nos EUA. 85% desse valor é referente a diárias.



Explicação

Diárias podem ser compreendidas como o capital pago pelo governo a servidores, em viagens a trabalho, para a cobertura dos gastos em hotel e alimentação, por exemplo.

A máquina pública desembolsou, ao todo, R$ 397 mil em diárias aos quatro investigados quando estavam em solo estadunidense. Durante toda a gestão de Bolsonaro, esses funcionários receberam, em diárias, menos da metade desse valor gasto na viagem - R$ 174 mil.

Uma das causas a ser levada em conta é que, no exterior, as diárias são pagas em dólar.

Três desses ajudantes, os que permaneceram por mais tempo em Orlando com o ex-comandante, tiveram suas despesas mensais multiplicadas entre quatro e sete vezes, isso sob consideração a seus salários.

Os assessores se revezaram para ir a Orlando. Durante os 90 dias que Bolsonaro se hospedou nos EUA, Max ficou 64 dias; Cordeiro e Câmara, 63 dias cada um, e Cid, apenas dois dias.

Há também um quinto assessor investigado pela PF, o segundo-sargento Luis Marcos dos Reis, que também se beneficiou das diárias ao longo do governo Bolsonaro. Ao todo, os cálculos chegam a R$ 727 mil de gastos bancados em passagens e diárias dos cinco investigados entre 2019 e março de 2022.

Até o momento desta publicação, mesmo apreendidos, todos eles ainda ocupam o cargo de assessoria do ex-presidente e recebem livremente seus salários.

Busca por esclarecimento

Procurados por jornalistas - por meio dos seus advogados, telefones, redes sociais, endereços eletrônicos registrados em seus nomes e, até mesmo, familiares e conhecidos - os cinco investigados optaram pelo silêncio.

Nenhum comentário:

Postar um comentário