Por Leandro Resende
10/01/2024 10h22 Atualizado há 6 horas
A denúncia feita nesta terça-feira pelo prefeito do Rio de que criminosos ameaçaram e cobraram propina de R$ 500 mil de funcionários da prefeitura que atuam nas obras do Parque Piedade não foi a primeira tentativa de extorsão na área - tampouco é algo isolado na cidade. Relatos colhidos pela CBN com fontes que atuam na construção civil e na prefeitura demonstram que tanto milicianos como traficantes têm intensificado a prática, que está modificando até a forma de divulgação dos valores aplicados nos canteiros.
Eduardo Paes veio a público, nesta terça-feira, após criminosos darem uma espécie de ultimato aos funcionários que atuam no canteiro do que era a Universidade Gama Filho, demolida em novembro. Um grupo de três pessoas foi ao local e cobrou R$ 500 mil, sob a ameaça de que ou o valor era pago, ou a obra, de R$ 110 milhões, não sairia. Mas as primeiras tentativas de extorsão começaram há cerca de um mês, sem que houvesse qualquer negociação com os criminosos.
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Prefeito Eduardo Paes — Foto: (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)
O grupo seria de traficantes do Morro do Dezoito. Em 2022, eles foram denunciados por ameaçar metralhar a portaria de um condomínio em Piedade, próximo ao parque que a prefeitura quer construir, caso os serviços clandestinos de internet e TV não fossem contratados pelos moradores.
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