Por Redação
— Rio de Janeiro
16/04/2024 06h10 Atualizado há uma hora
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad. — Foto: André Violatti/Ato Press/Agência O Globo
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, inicia nesta terça-feira (dia 16) uma série de compromissos em Washington, nos Estados Unidos, para tentar demonstrar aos investidores estrangeiros que o país está na direção correta de reequilíbrio das contas públicas.
Nessa segunda (dia 15), o governo enviou ao Congresso Nacional o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2025, e propôs a redução da meta para o ajuste das contas públicas. Na proposta, a equipe econômica mudou a meta fiscal do ano que vem para déficit zero, a mesma prevista para 2024. A proposta anterior previa um superávit primário de 0,5% do PIB.
O anúncio contribuiu para alta do dólar, que fechou o dia no maior patamar em um ano.
Agora, o superávit das contas só é esperado para o último ano do governo Lula. Para 2026, a previsão de superávit caiu de 1% do PIB para 0,25%. E, para 2027, a previsão é de um superávit de 0,5% do PIB. Mas na avaliação de economistas, a mudança da meta dificulta a queda dos juros e o aquecimento da economia porque sinaliza que o governo adiou o prometido ajuste das contas públicas.
Em um evento nos Estados Unidos, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse que o trabalho da autoridade monetária fica mais difícil com mudanças que tirem a credibilidade da política fiscal.
Na última reunião do Copom, em março, o colegiado reduziu a taxa básica de juros em 0,5 ponto percentual, para 10,75% ao ano. Na linha do que repete o comunicado oficial do Copom, Campos Neto voltou a dizer que o ideal é que as metas não sejam alteradas e que se faça "o máximo possível em termos de esforço" para alcançar os alvos estabelecidos.
Pela lei aprovada em 2023 no Congresso, o aumento deve considerar a variação da inflação e o crescimento da economia. O valor do salário mínimo ainda é uma estimativa e pode passar por mudanças, caso a inflação acumulada até novembro seja diferente da previsão do governo.
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