Por Bruno Luiz
— São Paulo
15/04/2024 19h21 Atualizado há 10 horas
Ataque de Israel no Líbado — Foto: AFP
O Exército de Israel bombardeou dois prédios na cidade de Hanin, no sul do Líbano, nesta segunda-feira (15). Os locais eram usados como bases militares do grupo Hezbollah, aliado do Irã, que fez um ataque contra Israel no sábado (13).
Mais cedo, as Forças de Defesa israelenses afirmaram que efetuaram disparos contra uma outra área no Líbano.
Os ataques acontecem após o chefe de gabinete do Exército de Israel dizer a soldados que o país responderia o ataque iraniano.
Israel se prepara para a retaliação, mas ainda estuda como fazê-la sem provocar uma escalada do conflito. A estratégia foi discutida nesta segunda durante reunião do gabinete de guerra montado para articular a resposta.
Segundo a emissora local Canal 12, o governo de Benjamin Netanyahu tentará uma ação militar coordenada com os Estados Unidos. Washington, no entanto, já disse que não participaria de um eventual ataque ao Irã.
Repercussão pelo mundo
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, falou publicamente pela primeira vez sobre a tensão entre os dois países. Ele afirmou que está comprometido com a segurança de Israel e que trabalha para impedir que o conflito se transforme em uma guerra regional mais ampla.
O secretário de Estado americano, Antony Blinken, reforçou o posicionamento de Biden.
"O presidente Biden destacou ao primeiro-ministro Netanyahu que os Estados Unidos estão comprometidos com a defesa de Israel. Eu acho que o que este fim de semana demonstrou é que Israel nunca precisou e não precisa se defender sozinho quando é vítima de uma agressão, de um ataque. Não buscamos a escalada mas continuaremos a apoiar a defesa de Israel e a proteger nosso pessoal na região", disse.
Já o primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, afirmou que o G7 estuda medidas diplomáticas contra o Irã.
"Estamos trabalhando urgentemente com os nossos aliados para que a situação não escale e possamos evitar um novo derramamento de sangue. Falei com meus colegas, líderes do G7. Nós estamos unidos na condenação deste ataque. Nós discutimos também possíveis medidas diplomáticas que possamos tomar juntos, de forma coordenada, nos próximos dias", afirmou.
O que diz o Irã?
Em publicação na rede X (antigo Twitter), um perfil de uma agência de notícias estatal do Irã afirmou que a comissão parlamentar de Segurança Nacional do país disse que os iranianos estão prontos para usar armas que nunca usaram antes, caso haja novos ataques de Israel.
O Irã afirma que a operação militar de sábado foi em legítima defesa contra um ataque feito à embaixada do país em Damasco, na Síria, em 1º de abril. Israel não assumiu e nem negou a autoria do ataque.
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