A guerra entre Israel e Irã entrou no
sétimo dia nesta quinta-feira (19) com novos ataques de ambos os lados,
ampliando a tensão regional e gerando expectativa sobre uma possível ação
militar dos Estados Unidos. Explosões foram registradas na capital iraniana,
Teerã, e em outras regiões do país, enquanto o exército israelense afirmou ter
bombardeado o reator nuclear de Arak e um centro de desenvolvimento de armas
nucleares na área de Natanz. Ao menos 47 pessoas ficaram feridas.
Em resposta, o Irã lançou mísseis
contra um hospital no sul de Israel, uma das maiores unidades médicas da
região, com mais de mil leitos e atendimento a cerca de um milhão de pessoas. O
primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou que as Forças de
Defesa de Israel irão "cobrar o preço total dos tiranos de Teerã" e
ressaltou a importância do apoio dos Estados Unidos na ofensiva.
Fontes do alto escalão do governo
americano disseram à agência Bloomberg que os EUA estão se preparando para uma
possível ofensiva contra o Irã, com chances de o ataque ocorrer ainda no fim de
semana. De acordo com o Wall Street Journal, o plano já foi aprovado
internamente, mas a decisão final depende do presidente Donald Trump.
Questionado sobre uma eventual ação militar contra a usina de enriquecimento de
Fordow, Trump respondeu que ainda não tomou uma decisão, mas não descartou a
possibilidade.
A instalação iraniana de Fordow é
construída sob uma montanha e, segundo especialistas, apenas os Estados Unidos
possuem armamento capaz de atingi-la. Apesar da escalada, Trump afirmou que
ainda vê espaço para retomar negociações com Teerã e lamentou que o país não
tenha fechado um acordo nuclear com seu governo nos últimos dois meses.
No Irã, o Ministério das Comunicações
confirmou que o acesso à internet está sendo restringido como medida de
segurança contra "ameaças inimigas". O Ministério da Saúde iraniano
informou que os ataques israelenses já deixaram quase 600 mortos no país. Do
lado israelense, o Departamento de Emergência registrou 24 vítimas fatais.
Fonte CBN