Fraude no INSS: ressarcimento deve ser em pagamento único e girar em torno de R$ 2,1 bilhões

Fraude no INSS: ressarcimento deve ser em pagamento único e girar em torno de R$ 2,1 bilhões

leandro santos
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A devolução dos valores dos descontos ilegais dos aposentados será feita num pagamento único. O beneficiário receberá o dinheiro numa data diferente do dia em que recebe a aposentadoria ou pensão. A informação foi dada pelo presidente do INSS, Gilberto Waller Júnior.

Até o momento, quase 3,295 milhões de pessoas declararam ao INSS que não reconheceram os descontos feitos nos últimos anos.

Segundo Waller Júnior, o valor a ser ressarcido seria de R$ 1,8 bilhões. Considerando a inflação do período, esse cálculo sobe para R$ 2,1 bilhões.

“Hoje, a Advocacia Geral da União já conseguiu, junto à Justiça Federal, um bloqueio de R$ 2,8 bilhões em patrimônio desses fraudadores. Isso hoje seria o suficiente para poder arcar com todos os 3,2 milhões pedidos. É essa a ideia, que a gente antecipe, que a gente pague, que não fique o nosso aposentado e pensionista no prejuízo”, disse o presidente do INSS em entrevista à TV Globo e G1.

Cronograma

O INSS quer começar a pagar os ressarcimentos em julho. Para isso, há um pedido no STF para dar segurança jurídica à operação. O dinheiro a ser usado deverá ser de recursos da União. Depois, o valor dos bens bloqueados dos fraudadores será transferido para a União.

Está em discussão uma forma para acelerar a devolução do dinheiro aos aposentados e pensionistas.

“A ideia é que, para o segurado, seja pago integralmente o valor dele prejudicado nos últimos cinco anos, corrigido, em uma única parcela”, afirmou o presidente do INSS.

O plano prevê o pagamento à metade dos beneficiários num dia. A outra metade deverá receber cerca de 10 dias depois. A segunda rodada pode ficar para agosto.

O INSS pretende corrigir o valor pelo IPCA, índice oficial de inflação do país. As aposentadorias são reajustadas anualmente pelo INPC, mas esse índice subiu menos que o IPCA nos últimos anos. Por isso, o governo prefere usar o índice mais alto, inclusive para evitar contestações na Justiça.

Fonte CBN

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