A guerra entre Israel e Irã entrou no quinto dia nesta
terça-feira (17), com a escalada de bombardeios em Teerã e em Tel Aviv. Até
agora, o conflito já deixou mais de 220 mortos no Irã e pelo menos 24 vítimas
em Israel.
Nesta madrugada, os israelenses disseram ter matado mais uma
liderança militar iraniana – o chefe do Estado-Maior para tempos de guerra.
Durante a noite, explosões voltaram a abalar Teerã e sirenes de ataque aéreo
dispararam em Tel Aviv, com duas levas de mísseis iranianos.
O Irã alertou que está se preparando para o maior e mais
intenso ataque de mísseis da história em solo israelense após um bombardeio de
Israel atingir a emissora estatal e matar pelo menos dois funcionários.
Nas últimas horas, a tensão aumentou quando o presidente
Donald Trump abandonou a cúpula do G7, no Canadá, e voltou às pressas aos
Estados Unidos para se reunir com um gabinete de crise na Casa Branca.
Segundo a rede de TV CNN, o presidente pediu que o Conselho
de Segurança Nacional em Washington ficasse de prontidão na Sala de Situação
para uma reunião sobre o tema. De acordo com o jornal The New York Times, o
presidente avalia se os Estados devem entrar no conflito e bombardear uma usina
de enriquecimento nuclear que fica dentro de uma montanha no Irã.
O secretário de Defesa, Peter Hegseth, garantiu que os
Estados Unidos ainda buscam um acordo nuclear com o Irã e não vão se envolver
diretamente em ações ofensivas no conflito.
Mais cedo, Trump recomendou que os moradores de Teerã fujam
imediatamente da cidade, que tem 10 milhões de habitantes. Ele reiterou que o
Irã deveria ter assinado o acordo nuclear antes que fosse tarde demais.
Antes de deixar o Canadá, o presidente americano assinou uma
declaração do G7 em que o grupo afirma que o Irã é a principal fonte de
"instabilidade e terror" na região e que "nunca poderá ter uma
arma nuclear".
O bloco também pede que a resolução da crise no país leve a
uma "grande desescalada das hostilidades no Oriente Médio" e a um
cessar-fogo em Gaza. No documento, os líderes do bloco econômico reiteram o
compromisso com a paz e dizem que Israel tem o direito de se defender.
O G7 é composto por Canadá, Estados Unidos, Reino Unido,
França, Alemanha, Itália e Japão.
Ao chegar ao Canadá para participar da cúpula do G7 como
convidado, o presidente Lula disse que vai falar sobre o conflito entre Israel
e Irã no discurso desta terça. À margem da cúpula do G7, Lula terá encontros
separados com o primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney; com o chanceler
alemão Frederich Merz e com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.