Em uma publicação na rede social X nesta quarta-feira (18), o
líder supremo do Irã, Ali Khamenei, afirmou que o país deve imprimir uma
'resposta firme' com o que chamou de 'regime terrorista sionista', em
referência a Israel.
Além disso, ele escreveu que o Irã 'não mostrará
misericórdia' contra o governo israelense.
'Devemos tomar uma resposta firme contra o regime terrorista
sionista. Não mostraremos misericórdia com os sionistas', diz o texto,
publicado em persa.
Khamenei fará uma declaração televisionada no Irã em breve. A
última vez em que ele apareceu publicamente foi na sexta-feira, depois dos
primeiros ataques israelenses.
O embaixador do Irã na ONU, Ali Bahreini, afirmou nesta
quarta-feira (18) que o país comunicou aos Estados Unidos que irá responder
'firmemente' contra os americanos caso embarquem na campanha militar de Israel.
A afirmação foi feita na sede das Nações Unidades, em Genebra.
Bahreini disse que considera os EUA 'cúmplices do que Israel
está fazendo'.
Ele não respondeu que tipos de ações seriam praticadas pelos
iranianos. Porém, afirmou que o país estabeleceria uma 'linha vermelha' e
responderia aos Estados Unidos.
Nessa terça-feira (17), o presidente dos EUA, Donald Trump,
aumentou a pressão contra o Irã. Ele pediu 'rendição incondicional' e que
buscava que o país interrompesse todo o programa nuclear que possui.
O embaixador classificou as declarações de Trump como
'completamente injustificadas e muito hostis'.
'Não podemos ignorá-las. Estamos atentos ao que Trump está
dizendo. Levaremos isso em consideração em nossos cálculos e avaliações',
continuou.
'Estou confiante de que (os militares iranianos) reagirão com
firmeza, proporcionalidade e de forma apropriada. Estamos monitorando de perto
o nível de envolvimento dos EUA... Reagiremos sempre que necessário'.
Até agora, os EUA tomaram apenas ações indiretas, incluindo a
ajuda para abater mísseis disparados contra Israel. Nessa terça (17) anunciaram
estar enviando mais caças para o Oriente Médio e ampliando o envio de outros
aviões de guerra, disseram três autoridades americanas.
Situação da guerra
A guerra iniciada por Israel contra Irã entrou nesta quarta
(18) no sexto dia com forte sinalização dos Estados Unidos de que podem entrar
no conflito.
Nas últimas horas, a força aérea israelense bombardeou uma
universidade ligada à Guarda Revolucionária e atingiu 12 bases de mísseis
iranianas. O Irã lançou pelo menos quarenta mísseis contra o território de
Israel e diz que atingiu em Tel Aviv, o QG do Mossad, a Agência de Inteligência
Nacional de Israel.
De acordo com as informações oficiais, não houve alteração no
número de vítimas dos dois lados: são 224 mortos no Irã e 24 em Israel.
O presidente Donald Trump analisa entrar na guerra; exigiu a
rendição incondicional do Irã; e ameaçou matar o líder supremo, Ali Khamenei,
que tem 86 anos e comanda o país há mais de três décadas.
O regime iraniano considera Israel um estado ilegítimo;
defende a existência de um estado palestino; e patrocinou grupos como o Hamas e
o Hezbolah.
O presidente Donald Trump disse que sabe onde o líder supremo
está e que os Estados Unidos têm total controle dos céus sobre o Irã, como se o
país já tivesse entrado na guerra.
Ao mesmo tempo, o Pentágono enviou uma esquadrilha de caças
ao Oriente Médio, além de aviões-tanque, usados para abastecer os caças no ar.
Numa rede social, o aitolá Khamenei disse que o Irã vai dar
uma resposta forte ao que chamou de regime sionista terrorista.
O Departamento de Estado americano informou que a embaixada
dos Estados Unidos em Jerusalém estará fechada de hoje até sexta-feira.
A tensão no Oriente Médio afetou a programação da cúpula do
G7, o que provocou o cancelamento do encontro entre o presidente Lula e o líder
ucraniano Volodymyr Zelensky.
Fonte CBN