Lula compara situação deixada por Bolsonaro à Faixa de Gaza e promete avanço econômico ainda em 2025

Lula compara situação deixada por Bolsonaro à Faixa de Gaza e promete avanço econômico ainda em 2025

leandro santos
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que encontrou um Brasil "semi-destruído" ao reassumir o comando do país e comparou a situação deixada pelo governo de Jair Bolsonaro à devastação na Faixa de Gaza. A declaração foi feita durante entrevista ao podcast Mano a Mano, do rapper Mano Brown, divulgada nesta quinta-feira.

'Eu olho para a destruição na Faixa de Gaza e fico imaginando o Brasil que nós encontramos', disse o presidente.

Lula afirmou que encontrou pastas como os ministérios do Trabalho, Igualdade Racial, Direitos Humanos e Cultura desmontadas de forma proposital. Segundo ele, o governo anterior eliminou estruturas que poderiam fortalecer a organização social.

Durante a entrevista, o presidente também avaliou o cenário político internacional como confuso, com avanço de uma “extrema-direita virulenta”, citando diretamente o ex-presidente norte-americano Donald Trump. No contexto brasileiro, Lula defendeu que “os golpistas precisam ser derrotados em 2026”.

O presidente ainda respondeu às críticas de que a percepção de melhora da economia, defendida por seu governo, não chegou à população. Lula reconheceu que os avanços ainda não são amplamente sentidos, mas prometeu que os efeitos chegarão ainda este ano.

'A melhoria está chegando na sua mesa. Se não chegou ainda como é importante que chegue, vai chegar', afirmou.

A segurança pública — tema sensível ao governo, segundo pesquisas — também foi abordada. Lula ressaltou que a responsabilidade principal pela área é de estados e municípios, e defendeu a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da segurança pública, em tramitação no Congresso. O presidente criticou a atuação das polícias em áreas periféricas, afirmando que, nesses locais, agentes atuam como “inimigos”.

'Muitas vezes, a polícia chega atirando. Por isso exigimos o uso de câmeras nos uniformes. Isso torna o comportamento policial mais comedido', declarou Lula.

Ele afirmou que é preciso combater práticas discriminatórias com base na cor da pele ou no bairro em que a pessoa mora.

Por fim, o presidente voltou a mencionar as dificuldades de governabilidade. Disse que sua gestão enfrenta uma minoria no Congresso e precisa fazer composições com outros partidos para conseguir avançar nas pautas prioritárias. “O presidente não faz o que quer, faz o que pode quando governa um país”, concluiu.

 

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