
A mãe do pequeno Arthur, uma criança de dois anos que morreu eletrocutada em uma placa de publicidade de uma revendedora de gás em Teresina, publicou um vídeo nas redes sociais nesta quarta-feira (20) pedindo justiça e a responsabilização dos possíveis responsáveis pela morte do filho. Na gravação, Aline Alves lamenta a perda e cobra a punição dos culpados.
"Venho pedir justiça pelo meu filho. O sangue dele pede justiça. Hoje eu tive coragem de mostrar e tirar as roupinhas dele. É difícil a pessoa não vir aqui mexer e não se emocionar. Está aqui a chupeta dele, que ele não dormia sem. Isso aqui é o desespero de uma mãe. Aqui está o shortinho, e aqui estava a madeira que ele não ficava sem. Isso aqui foi uma infância interrompida e uma família destruída. Eu peço, nesse vídeo, que seja feita a justiça”, disse.
O Cidadeverde.com tentou contato com a 4ª Delegacia Seccional de Teresina, responsável pela investigação do caso, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria. Em sua postagem, Aline Alves afirmou que o culpado pela morte do filho seria o proprietário da revendedora de gás. “Ele sabia dos fios que estavam lá expostos há muito tempo”, declarou.
Arthur morreu em novembro de 2024, após se sentar próximo a uma placa de publicidade da revenda de gás de cozinha, localizada na Vila Wall Ferraz, na zona sul de Teresina. O menino estava acompanhado de outras crianças quando sofreu a descarga elétrica. Ele foi socorrido e levado ao Hospital do Promorar, mas não resistiu aos ferimentos e morreu na unidade de saúde.
Familiares da criança registraram a ocorrência na Central de Flagrantes, ocasião em que o delegado plantonista, Odilo Sena, informou que algumas testemunhas relataram informalmente que o fio da placa estaria desencapado há mais de um mês. Segundo ele, o problema já havia sido comunicado aos proprietários, que poderão ser responsabilizados caso ficasse comprovado que se tratou de homicídio com dolo eventual.
Foto: Arquivo Pessoal
“Sei que a Justiça dos homens pode demorar um pouco, mas a de Deus nunca falha. Enterrei meu filho com dois anos. Tentei salvar a vida dele, eu fiz o que pude. O meu filho tentou sobreviver. Ele teve 12 paradas cardíacas no hospital e eu não consegui salvar a vida a tempo. Corri na rua, implorei por ajuda. Graças a Deus, teve uma pessoa que me socorreu e me levou ao hospital, mas ele não resistiu. Meu filho estava todo queimado”, concluiu.