Um terremoto de magnitude 6 matou mais de 800 pessoas no Afeganistão. O governo acredita que o número de vítimas pode aumentar porque a área atingida é remota e de difícil acesso. A área aonde ocorreu é cercada por vilas.
Segundo o porta-voz do governo, Zabihullah Mujahid, cerca de 2,8 mil pessoas ficaram feridas.
Os tremores atingiram uma área na província de Kunar, que tem histórico de terremotos e enchentes. O terremoto ocorreu a uma profundidade de 10 quilômetros, arrasando casas de barro e pedra na fronteira com o Paquistão.
Equipes de resgate estão operando no leste do Afeganistão, com helicópteros ajudando a levar os feridos para um local seguro, enquanto os escombros são vasculhados em busca de sobreviventes.
O Ministério do Interior do Talibã disse em um comunicado que a grande maioria das mortes ocorreu na região de Kunar, além de outras na área de Nangarhar.
O país tem uma alta incidência de terremotos por conta da sua localização. Ele fica bem em cima de uma série de falhas geológicas onde exatamente as placas tectônicas indiana e eurasiática se encontram.
A região mais afetada é a cadeia montanhosa Hindu Kush, que fica justamente bem próxima à área do encontro das placas.
Ou seja, qualquer movimentação, mesmo que pequena, atinge diretamente o território do país.
Para se ter uma ideia, uma série de terremotos matou mais de mil pessoas ao longo de 2024. Por conta da falta de infraestrutura, o Afeganistão ainda é vulnerável a muitas mortes quando os tremores ocorrem.
A área do terremoto é próxima da fronteira com o Paquistão, ao sul do país. É o desastre mais mortal do local em dois anos.
Um terremoto em 2023 no mesmo país matou 4 mil pessoas, de acordo com o governo local, revisado depois para 1,5 mil pela ONU.