Alerj cobra explicação sobre megaoperação no Rio de Janeiro

Alerj cobra explicação sobre megaoperação no Rio de Janeiro

leandro santos
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Rio de Janeiro (RJ), 29/10/2025 - Dezenas de corpos são trazidos por moradores para a Praça São Lucas, na Penha, zona norte do Rio de Janeiro. Operação Contenção.
Foto: Tomaz Silva /Agência Brasil
© TOMAZ SILVA/AGÊNCIA BRASIL

A Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro encaminhou ofícios ao Ministério Público e às polícias Civil e Militar cobrando explicações a respeito da megaoperação contra o crime organizado realizada nessa terça-feira (28). A operação já é considerada a mais letal da história do Rio.

Segundo a deputada Dani Monteiro (Psol), presidente da comissão, a operação transformou as favelas do Rio em cenário de guerra…

"A gente está se deparando novamente com uma operação policial violenta, que vitima a favela, que traumatiza os favelados, que expõe ao risco os agentes de segurança, e tudo isso baseado numa lógica de confronto que não acaba com o crime organizado e que, ao se deparar com vitimação dos seus agentes — já há gente que vieram a óbito, outros tantos baleados — é, ganha esses contornos de operação vingança".

A parlamentar afirma que a comissão acompanha os acontecimentos com preocupação e reforça que segurança pública se faz com planejamento, inteligência e respeito à vida…

"Quando o Estado entra com operações que custam milhões aos cofres públicos, ele deixa de abrir equipamentos de saúde, de educação. Então, infelizmente, a gente passa por uma situação que já vivenciamos. Há mais de duas décadas o Estado do Rio de Janeiro investe na lógica bélica de confronto que não acaba, muito pelo contrário, só amplia o domínio das organizações criminosas".

Na manhã desta quarta-feira (29), a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Alerj deu início ao atendimento no Complexo do Alemão, em parceria com diversas instituições. O objetivo é acompanhar os desdobramentos dessa operação policial. De acordo com a Comissão, a prioridade é ouvir a população, oferecer apoio no reconhecimento dos corpos e cobrar explicações do governo estadual. 

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