Governo Lula publica vídeo pedindo 'mais inteligência' em ações policiais após megaoperação no Rio

Governo Lula publica vídeo pedindo 'mais inteligência' em ações policiais após megaoperação no Rio

leandro santos
0


Pouco tempo após o governo do Rio de Janeiro e o governo federal anunciarem a criação de escritório emergencial para enfrentar crime organizado, a conta oficial do governo Lula nas redes sociais publicou um vídeo com críticas a megaoperação no Alemão e na Penha que deixou 121 mortos.

A gravação diz que explica a operação policial no Rio com 'inteligência' dizendo que se combate o crime organizado não acertando na 'cabeça das pessoas', mas sim na do crime. Em um dos momentos afirma que essas ações colocam em risco famílias, crianças e os policiais também.

Além disso, afirma que o crime organizado é um dos maiores problemas brasileiros e 'destrói famílias, oprime moradores e espalha drogas e violências nas cidades'.

Outro trecho defende que 'matar 120 pessoas não adianta nada no combate ao crime'.


'Mesmo se forem todos bandidos, amanhã tem outros 120 fazendo o trabalho', completa.


O vídeo finaliza defendendo a PEC da Segurança, que é uma das bandeiras do governo Lula e foi elaborada pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski. O objetivo é reforçar a atuação federal no combate ao crime organizado com diversas diretrizes em todo o país.

O vídeo foi compartilhado nas redes sociais próprias pela ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann.

Escritório de combate


Em entrevista coletiva na noite desta quarta-feira (29), o governador Cláudio Castro e o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, anunciaram uma parceria entre os governos estadual e federal para combater o crime organizado no Rio de Janeiro, após a megaoperação que deixou ao menos 119 pessoas mortas.

Uma das medidas é a criação de um escritório emergencial para o enfrentamento do crime organizado.


'Tivemos um diálogo importante. Se o problema é nacional, o Rio de Janeiro é um dos principais focos. Daqui saiu uma proposta concreta: a criação de um Escritório Emergencial de Enfrentamento ao Crime Organizado', anunciou o governador Cláudio Castro.

Segundo ele, o novo escritório será coordenado por representantes do governo do estado e do governo federal.


'A ideia é que nossas ações sejam 100% integradas a partir de agora, inclusive para vencermos possíveis burocracias. Vamos integrar inteligências, respeitar as competências de cada órgão, mas pensando em derrubar barreiras para, de fato, fazer segurança pública', completou.

Além disso, o ministro Lewandowski anunciou que o governo federal prestará apoio ao Rio de Janeiro com o envio de especialistas para intensificar as investigações e ações na área de segurança pública.

'Colocamos à disposição do governador e das autoridades de segurança peritos criminais que podem ser mobilizados pela Força Nacional e também de outros estados. Médicos legistas, odontólogos, peritos. Também temos bancos de dados no que diz respeito a DNA, balística, tudo isso estamos colocando à disposição do governador' (...) Estamos enfrentando um problema muito sério, não só aqui no Rio de Janeiro, mas que se espalha por todo o país. Por isso, vamos reunir todos os nossos esforços, investir recursos materiais e humanos para enfrentá-lo da forma mais coordenada possível. Claro que essas forças-tarefa, esses escritórios, surgem por um tempo, são emergenciais. Mas, tendo em vista o empenho de todos nós, teremos em breve bons resultados'.

O ministro da Justiça acrescentou que o governo federal vai reforçar a presença da Polícia Federal e da Força Nacional no Rio de Janeiro, em resposta ao aumento da violência no estado.


'Durante a crise, já aumentamos o efetivo da Polícia Federal no entorno da capital em pelo menos 50 integrantes. Em breve, enviaremos outro número equivalente. Claro que temos um número relativamente pequeno para patrulhar todo o território, mas, nesta situação de emergência, vamos ampliar. Também vamos aumentar, dentro do possível, o número de integrantes da Força Nacional. O senhor governador certamente fará um pedido para que nós, dentro das nossas possibilidades, façamos isso. Essa é a rotina: o governador solicita, nós estimamos os números disponíveis e autorizamos o deslocamento dessas forças'.

A operação provocou um mal-estar interno no governo Lula, após o diretor-geral da PF admitir que a corporação foi avisada sobre a investida da polícia do Rio. Andrei Rodrigues, no entanto, explicou que houve um contato com a Superintendência da PF no Rio, mas que uma avaliação operacional indicou que “não era razoável” a Polícia Federal participar.


Diante do impacto da fala, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, tentou reduzir a repercussão: disse que a troca de informações sobre uma operação dessa magnitude não poderia ter sido ser feita entre autoridades do segundo ou terceiro escalão:


Lewandowski afirmou, ainda que Lula ficou “estarrecido” com o número de mortos. Em entrevista à Globonews, a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, disse que o pedido de ajuda do Rio de janeiro não foi feito formalmente.
Fonte CBN

Tags

Postar um comentário

0 Comentários

Postar um comentário (0)

#buttons=(Tá bom, aceito!) #days=(20)

Aceite nossos termos de uso para melhor experiência! Leia aqui
Ok, Go it!