Haddad critica Castro por deixar fraude do combustível financiar crime

Haddad critica Castro por deixar fraude do combustível financiar crime

leandro santos
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Brasília - 14/10/2025 -O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participa de audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Em debate, o projeto de lei (PL 1.087/2025) do governo que isenta do Imposto de Renda quem ganha até R$ 5 mil. Foto: Lula Marques/ Agência Brasil.
© LULA MARQUES/ AGÊNCIA BRAASIL.

Um dia após a mega operação no Rio que deixou dezenas de mortos, o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, cobrou o governador Cláudio Castro. Disse que Castro não tem feito praticamente nada para ajudar o governo numa das atividades que mais geram dinheiro para o crime organizado: a questão dos combustíveis.

"O governador deveria acordar para esse problema, que é crônico no Rio de Janeiro e ajudar a Receita Federal a combater o andar de cima. Porque quando o dinheiro está irrigando o crime, é muito difícil você na ponta conseguir controlar. Tem que controlar pelo alto, asfixiar o crime. Porque é ele sem dinheiro, eles têm pouca capacidade de atuação", disse.

Segundo o ministro, são os combustíveis, desde o refino até o contrabando e a distribuição, que irrigam financeiramente as milícias e o crime organizado. Haddad também falou sobre a PEC da segurança, que está em tramitação na Câmara. É a proposta que permite a atuação em conjunto da União com os estados e municípios no combate ao crime organizado e coloca na Constituição o SUSP (Sistema Único de Segurança Pública). O relator, o deputado Mendonça Filho, deve antecipar o relatório para agora em novembro:

"Nós precisamos nos organizar. Por isso que é tão importante a PEC da Segurança Pública, que ela impõe a todos, governadores, presidente da República, Receita, Polícia Federal, Ministério Público Estadual, Ministério Público Federal... uma integração. Porque assim nós vamos conseguir combater o crime organizado", afirmou.

Os deputados da bancada do Rio de Janeiro no Congresso vão conversar com a imprensa sobre a situação por lá, falar da letalidade policial e de segurança pública. Os presidentes da Câmara, o Arthur Lira, e do Senado, Davi Alcolumbre, reafirmaram o compromisso com essa pauta da segurança. Nesta quinta-feira mesmo, o Senado aprovou uma proposta que trata do marco legal de enfrentamento à criminalidade.

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