Presidente da CPI do Déficit diz que operação policial “não está no foco”

Presidente da CPI do Déficit diz que operação policial “não está no foco”

leandro santos
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 Foto: Renato Andrade/Cidadeverde.com

O vereador Dudu Borges (PT), presidente da CPI do Déficit Bilionário, afirmou nesta quarta-feira (15) que a operação policial que resultou na prisão de ex-integrantes da gestão do ex-prefeito Dr. Pessoa, conhecida como Operação Gabinete de Ouro, não faz parte do escopo da investigação conduzida pela Câmara Municipal de Teresina. Segundo ele, a comissão tem foco exclusivo em apurar o suposto rombo de R$ 3 bilhões apontado pelo atual prefeito Sílvio Mendes no início da gestão.

“Deixa todos nós aturdidos, se fala aí de muito recurso público de gestores e pessoas que estavam na gestão anterior, mas não é o foco aqui da CPI”, disse Dudu.

Ele explicou que a comissão foi criada com autorização específica do plenário da Câmara para investigar os números apresentados por Sílvio Mendes sobre dívidas de curto, médio e longo prazo da Prefeitura, e não eventuais irregularidades criminais da administração passada.

O vereador destacou que, até o momento, não há relação entre os fatos apurados pela CPI e as investigações da Polícia Civil e do Ministério Público, que levaram à prisão da ex-chefe de gabinete de Dr. Pessoa e de outros ex-assessores.

Foto: Renato Andrade/Cidadeverde.com

“Essas outras investigações aí esperamos inclusive que cheguem a bom termo e que, se tiver encontrado alguma irregularidade, que os que fizeram paguem, mas não tem foco da CPI”, afirmou.

Sobre a convocação do ex-prefeito Dr. Pessoa para depor na comissão, Dudu confirmou que a medida já foi aprovada, mas ainda não há data definida para a oitiva.

“Foi aprovada a convocação dele, já foi aprovada. Agora, a necessidade dele estar vindo aqui nesses próximos dias é que nós ainda estamos analisando. Precisamos de muitas informações para que a gente possa afunilar o relatório”, explicou.

O presidente da CPI reforçou que o trabalho da comissão entra em reta final e que a prioridade é concluir a análise técnica das dívidas apontadas pela atual gestão.

“Não adianta a gente ficar agora fazendo qualquer outro tipo de desvio da finalidade da CPI e não chegar numa conclusão que é o que o povo quer saber. Houve desvio? Houve algum tipo de irregularidade? É isso que a gente está apontando na CPI”, concluiu Dudu Borges.

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