Autores de atentado antissemita na Austrália eram pai e filho, diz polícia

Autores de atentado antissemita na Austrália eram pai e filho, diz polícia

leandro santos
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Os autores do atentado antissemita que deixou ao menos 15 vítimas fatais e 40 feridos, neste domingo (14), eram pai e filho. O ataque foi realizado durante uma celebração do festival judaico de Hanukkah na praia de Bondi, em Sydney.

Segundo o comissário de polícia de Nova Gales do Sul, Mal Lanyon, o pai, morto pela polícia, tinha 50 anos. Ele tinha licença para ter armas de fogo e acredita-se que todas as suas armas tenham sido apreendidas. O filho, de 24 anos, também foi baleado, mas sobreviveu. Ele está "em estado crítico, mas estável".

Em discurso durante cerimônia de Hanukkah Beit Shemesh, no distrito de Jerusalém, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu afirmou que a política do governo do primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, incentiva o antissemitismo na Austrália. Ele ainda acusou Albanese de "não fazer nada" para proteger a comunidade judaica no país.

Albanese afirmou, em 11 de agosto, que a Austrália reconheceria o Estado palestino na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) em setembro, medida que seguiu anúncios semelhantes da França, Reino Unido e Canadá. À época, Netanyahu escreveu uma carta ao primeiro-ministro, alegando que o posicionamento "incentivava o ódio aos judeus" no país.

"Isso incentiva o antissemitismo", disse Netanyahu no discurso deste domingo. "Vocês estão pedindo um Estado palestino e, na prática, estão recompensando o Hamas pelo massacre horrível que cometeram em 7 de outubro. Vocês estão legitimando todos esses manifestantes violentos e não movem um dedo para eliminar esses centros de terror. Isso levará a mais assassinatos."

Após o atentado, Albanese convocou uma reunião do Conselho de Segurança Nacional do país neste domingo e condenou o ataque, afirmando que a maldade desencadeada era "incompreensível". O governo brasileiro também condenou o ataque e reafirmou "enérgico repúdio" a todo ato de terrorismo e a quaisquer manifestações de antissemitismo, ódio e intolerância religiosa.

De acordo com o governo brasileiro, até o momento não há registro de cidadãos brasileiros entre as vítimas. O Consulado-Geral do Brasil em Sydney segue monitorando a situação e informou que pode ser acionado em caso de emergência.

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